Depois de um post- release sobre o documentário, chegou um momento mais prazeroso da produção. Desde terça-feira, dia 21 de abril, estou em Rio Branco, Acre, para escolher locações e conversar com alguns personagens. É minha terra, é minha cidade, mas não deixa de ser uma redescoberta voltar aqui para realizar uma tarefa específica de um projeto tão sonhado por mim.
O primeiro dos soldados da borracha com quem conversei vocês podem ver aí na foto: Sebastião Rodrigues dos Santos, 90 anos (!),
que se lembra até hoje o dia em que chegou à cidade, justamente ali no bairro onde mora atualmente, o Quinze, perto da Gameleira, árvore às margens do Rio Acre, que permanece como uma guardiã da cidade e de sua história. "Seu" Sebastião recorda que seu primeiro trabalho foi no Seringal Tucumã e não, não se arrependeu de ter saído do Rio Grande do Norte nem nunca mais voltou para lá. Zanzou por muitos seringais e, aposentado, voltou para o cenário do Quinze. Sim, como a gameleira, ele também é firme e lançou raízes na beira do rio.
Torrão natal. Vi esse termo pela primeira vez em um documentário russo. Eu entendi que por mais que você ande pelo mundo quando se chega ao lugar em que nasceu, onde está as suas raízes, o coração bate de um jeito diferente e os olhos são como lentes mais agudas. Tudo tem uma atmosfera mais emocional. É assim que espero que seja o seu filme Cesar: historicamente contundente e delicadamente emotivo.
ResponderExcluirQue Deus te dê muita inspiração e abra seus caminhos por onde você pisar por aí.
Obrigado! Hoje tive vários encontros que me lembraram isso que você disse: "historicamente contundente e delicadamente emotivo". Detalhes no próximo post.
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