segunda-feira, 6 de junho de 2011

"Soldados da Borracha" é exibido na Câmara dos Vereadores do Rio de Janeiro

Uma honra: momento da entrega da moção por Marina Silva

A favor dos soldados da borracha e contra o novo código florestal

O filme durante a exibição em um dos telões da Câmara dos Vereadores do Rio de Janeiro

Com o defensor público Carlos Eduardo Barros da Silva: parceria pelos soldados da borracha

O vereador Edison da Creatinina preside a sessão: hora de cantar o Hino Nacional

Na primeira fila: Afonso, Meireles e Darci, da Casa do Acre. Na segunda fila: Mauro e Luciana, da Self-Realization Fellowship, grupo de meditação

Simone Melamed (de verde), Sonia Ota (de boina), Marta Moreno e Carlos Eduardo Barros da Silva: apoio total
Depois da exibição do filme na 2ª Mostra Etnodoc, "Soldados da Borracha" chegou hoje aos telões da Câmara Municipal do Rio de Janeiro. O convite surgiu por iniciativa do vereador Edson da Creatinina, nefrologista há 34 anos, quatro deles envolvidos na luta ambiental, e da bancada do Partido Verde no Rio de Janeiro. Se a receptividade ao tema e linguagem do documentário foi grande na exibição do Museu do Folclore, hoje ela chegou à esfera da política, com a participação especial de Marina Silva. Das mãos dela recebi uma moção de congratulações e louvor pela realização do filme. O defensor público Carlos Eduardo Barros da Silva, que desenvolve no Pará a "Ação Soldado da Borracha", também recebeu de Marina uma moção por seu trabalho que busca o reconhecimento de seringueiros que até hoje não recebem benefícios do INSS. Muitas outras moção foram entregues a instituições que lutam pelo meio ambiente e Marina destacou o momento de retrocesso que vivemos com a aprovação pelo Congresso Nacional de um novo código florestal brasileiro. Foram muitos discursos e também fui chamado a dizer algumas palavras. Leiam alguns trechos a seguir.

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No dia de hoje, quero falar especialmente desses personagens que vocês acabaram de ver na tela, os soldados da borracha Antônio Tomé Dias, Justino Antônio de Souza, Elias Dias de Souza  e Walter Nunes de Castro.  Durante anos eles ouviram promessas sobre a melhoria de suas condições de vida. Nestes quase dez anos em me dedico a este projeto entendi que o melhor que poderia fazer era dar condições a eles para mostrarem suas próprias vozes, contando sua história, e é nesse sentido que fico feliz pela divulgação do filme, pois abre espaço na sociedade para as precárias condições em que ainda vivem atualmente.  Por julgar legítima a revisão do benefício de dois salários-mínimos que recebem hoje, sem décimo-terceiro, é que lanço uma petição pública na internet destinada a pedir ao Congresso Nacional a revisão desse valor e para pensar novas maneiras de ajuda a esses seringueiros e seus descendentes, que são ainda hoje a principal força econômica da Amazônia brasileira.
Aproveito a ocasião também para elogiar a todos os que questionaram e continuam questionando as mudanças do Código Florestal Brasileiro, àqueles que refletem com maior rigor sobre as condições de licenciamento ambiental para a construção da usina de Belo Monte. Também gostaria de lembrar que a preocupação ecológica não está apenas na floresta, mas nas grandes cidades brasileiras, no rio Tietê que continua poluído e triste na grande cidade de São Paulo e do excesso de lixo que infesta a Baía Guanabara, onde as promessas se acumulam desde a Rio 92. Que a Rio +20 possa refletir com maior rigor sobre essas questões e que todos os brasileiros possam entender que ao se envolverem na questão ambiental estão lutando por suas próprias vidas. Obrigado a todos!"


Um comentário:

  1. Querido, que orgulho de você. Tenho certeza que seu filme vai mudar a vida de algumas pessoas. Beijo bem grande

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